Não contava mais de três primaveras e lá estava ela toda cheia de si, com suas certezas tão pueris, navegando em plena adolescência da infância e, ainda assim, determinada a montar um bolo em fatias.
Seu nome, Pietra. Pausa.
Na verdade, não sei o seu nome!
Como já disse em outros momentos, essa foto não é nossa... Não fomos nós que a retratamos...
Mas voltando a ela, porque agora que está aqui, dando graça ao nosso blog, agora ela é um pouco nossa sim, compõe com delicadeza a carinha de nossos posts e até nos faz refletir que, com displicência e ousadia, aliada a bastante técnica e criatividade, um trabalho pode ser realizado com primor! Como esta foto que aqui está...
Já pararam para pensar nisso?
Um trabalho feito só com displicência, talvez não dê tão certo.
Só com ousadia, capaz que não vá muito longe!
Só com técnica, é admirado a princípio, mas pode perder a graça facilmente.
Só com criatividade, agrada de cara, mas depois pode cair em exagero.
Mesclar estas quatro aptidões, aliadas a muito suor e trabalho, não é tarefa banal, não é para todos, não se vê tão facilmente por aí...
Requer talento, afinco, estrada e vocação.
Um trabalho que é admirado não só hoje, mas também no porvir, pede um mergulho profundo em si mesmo e certa dose de descontração, soltura e entrega.
Mas porque então o bolo da nossa "Pietra" nos permitiu tamanha viagem e reflexão, se nem ao menos a conhecemos, nunca a vimos, nem sequer de relance?
Talvez porque tenha me voltado para meu próprio trabalho, repetidas vezes, tão preocupado com técnicas precisas e, em alguns momentos, desprovido das demais aptidões que ainda nos vemos batalhando por elas...
Talvez a resposta esteja lá atrás, na infância, quando ainda não tínhamos as amarras da vida adulta nos dizendo o que fazer, como se comportar, o que é certo e o que é errado.
A Pietra vai!
Monta seu bolo e vai...
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Luciana Corrêa – Mixing things with Love.